quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015

O comecei finalizando um mochilão pela Europa.

Depois, finalizei uma faculdade de Direito e um curso de inglês.

Noivei em março, exatamente 5 anos após vê-la pela primeira vez.

Em abril, perdi um grande amigo no dia em que comemorava 5 anos juntos com a minha garota (sim, demoramos exatamente um mês para ficar juntos). Uma semana depois foi a festa da minha formatura.

Ao longo dos meses, perdi pessoas próximas, aprendi a lidar com a morte.

Fiz jiu-jitsu, fiz muay-thai, fui à academia algumas vezes, comecei a fazer kenjutsu.

Machuquei o meu joelho e manquei por alguns dias.

Fiz uma grande descoberta que mudou a minha vida: Nova Acrópole.

Evolui no trabalho, nos relacionamentos com a minha noiva, com a minha família e com os meus amigos, principalmente os antigos.

Escrevi. Escrevi muito mesmo – só aqui no blog foram 59 textos (contando com este).

Falhei na meta de aprender a tocar baixo. Renovo essa meta para 2016.

Falhei no único concurso que fiz por culpa exclusivamente minha. Me esforçarei para que isso não se repita.

Passei na OAB, mas não posso tirar a carteira.

Li alguns poucos livros. Quero triplicar o número no próximo ano.

Vi muitos filmes. Zerei algumas séries. Estou caminhando em outras. Tenho que passar menos tempo no Netflix.

Fiz boas tatuagens.

Aprendi a lidar melhor comigo mesmo em todos os níveis - “mens sana in corpore sano”.

Refleti muito, meditei pouco. 

Descobri o Meditações, de Marco Aurélio, e o transformei na minha bíblia.

Aprendi a estar presente em todos os momentos, ou, pelo menos, me esforcei para isso e me esforço cada vez mais.

Aproveitei algumas oportunidades. Desperdicei outras.

Aprendi que preservar é mais importante e mais difícil que conquistar.

Vivi bastante.

Em resumo, foi um ótimo ano, repleto de amadurecimento, principalmente no campo espiritual.

Obrigado por tudo, 2015!


Tattoo

A música que sai do aparelho de som
O cheiro de tabaco no ar
O gosto de cerveja na boca
A agulha que toca a pele
A tinta que preenche o vazio
A dor
O incômodo
O ardor que vem depois
A dormência no ombro
A vontade de se mexer
O tempo que passa devagar
O espelho que lhe permite ver
A experiência que parece nunca acabar
A tentativa de controlar a respiração
O sangue e o suor que escorrem
E dão lugar para a coloração
Preta e cinza da nova tatuagem
Pronto
Mais uma para a coleção

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Sinto falta


Sinto falta de você

Já são dias sem te ver

Dias em que tento esquecer

Que você não está aqui


Sinto falta da tua companhia

De seguir os teus passos

E segurar a tua mão

Quando saio por aí


Sinto falta de olhar tua boca

Beijar os teus olhos

De morder o teu pescoço

E te fazer sorrir


Sinto falta do teu beijo

Tão doce e selvagem

Tão puro e delicioso

Que me rouba de mim


Sinto falta de ouvir a tua voz

De tentar ler teus pensamentos

De sentir o teu cheiro

Antes de dormir


Sinto falta de você

Simplesmente de você

Que mesmo com tantos defeitos

É tão perfeita para mim


sábado, 19 de dezembro de 2015

Prefiro o ódio mortal dos meus inimigos do que a indiferença dos meus próximos.

Uma das piores situações que alguém pode passar é ser ignorado por outra pessoa. Pior ainda quando essa outra pessoa é alguém próximo ou um amigo.

Com o uso frequente dos novos meios de comunicação, em especial o whatsapp e o facebook, tornou-se cada vez mais comum o fato de pessoas ignorarem outras simplesmente por preguiça de responder a alguma mensagem ou por medo de entrarem em debates nos quais não tenham conteúdo suficiente para vencer ou, ao menos, para dialogar de igual para igual.

Assim, muitas vezes nos encontramos na seguinte situação: nos dedicamos para escrever alguma mensagem fácil de ser compreendida (para evitar duplicidade – coisa comum em mensagens escritas), com um conteúdo de interesse daquele que vai receber a mensagem e acabamos simplesmente sendo ignorados, sem nem receber um simples obrigado ou um “emoticon” qualquer.

Isso, falando apenas das conversas digitais. Indiferença maior é vista nas ruas, quando uma pessoa passa por outra que claramente necessita de alguma ajuda, mesmo que não seja financeira, e a ignora completamente, como se esta fosse um objeto qualquer.

Falta-nos amor.

Muita gente acha que o oposto de amor é o ódio, mas não, como dizia Érico Veríssimo: “o oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença”.

Melhorando: a indiferença é a ausência de amor.

É possível sentir ódio por alguém que amamos. Da mesma forma que é possível sentir paixão por alguém que amamos. Ódio é o oposto de paixão. Na verdade, é uma forma de paixão às avessas.

Já a indiferença é o pior sentimento que existe. Por ser ausência de amor, ela também acaba sendo ausência de paixão e de ódio.

Nas palavras de George Bernard Shaw, “o maior pecado para com os nossos semelhantes não é odiá-los, mas sim tratá-los com indiferença; é a essência da desumanidade”.

Portanto, não haja dessa forma. Não ignore ou seja indiferente com ninguém. Nem o pior dos homens merece ser tratado com indiferença.

Ame ou odeie, mas não seja indiferente.

Faça com que cada ser humano que cruzar o seu caminho seja tratado como tal, especialmente aqueles próximos. E que cada um dos seus amigos seja tratado de forma que saiba claramente que é amigo de alguém.

Bom fim de semana, regado de muito amor e nenhuma indiferença!

Por fim, encerro com a frase do título, de minha autoria (pelo menos pesquisei se já havia sido escrita por alguém e não achei nada igual), que resume bem o sentido do texto:

Prefiro o ódio mortal dos meus inimigos do que a indiferença dos meus próximos.

domingo, 13 de dezembro de 2015

O acerto dos campeões

Ontem, o mundo assistiu a duas trocas quase que simultâneas de cinturões do UFC. Luke Rockhold tomou o cinturão de Chris Weidman. Logo em seguida, José Aldo foi destronado por Conor McGregor.

Em ambos os casos, os resultados das lutas aparentemente decorreram diretamente de falhas técnicas cometidas pelos até então campeões. Muito se disse a respeito do tal “erro dos campeões”. 

Realmente, os campeões erraram. Da mesma forma que o Anderson Silva errou na primeira luta contra o Chris Weidman e a Ronda Roussey errou na luta em que perdeu seu cinturão, os ex-campeões dos pesos galo e médio do UFC também erraram ontem.

Mas será que os resultados decorreram mesmo dos erros dos ex-campeões ou, como prefiro, decorreram do acerto dos novos campeões?

É quase aquela história do meio cheio ou meio vazio.

É óbvio que, em todos os casos referidos acima, os ex-campeões cometeram erros técnicos, mas também os novos campeões estavam preparados para agir do modo correto, na hora certa, e liquidar as lutas.

Se não estivessem preparados, de nada valeria o erro dos campeões. Mérito dos atuais campeões. Eles treinaram bastante, estavam aptos física e mentalmente e agiram no momento em que tinham que agir. Assim, aproveitaram a oportunidade no exato momento em que ela surgiu. Isso é característica de um campeão de verdade.

O erro dos ex-campeões não desqualificou a trajetória deles, mas o acerto dos atuais campeões qualificou-os como tais e isso deve ser levado em conta.

Portanto, mais do que falar do “erro dos (ex-)campeões”, faz mais sentido, para mim, falar do “acerto dos (atuais) campeões”.

Que isso sirva de exemplo para todos nós: como humano (campeão ou não), uma hora você pode (e vai) falhar; como campeão, você deve estar preparado para aproveitar a oportunidade no momento em que ela surgir, independentemente de quando seja esse momento.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Um segundo. Morremos e renascemos. Outro segundo. Morremos e renascemos.

Sofremos demais por buscar respostas rápidas onde não há…
Às vezes, apenas o tempo é capaz de ensinar o que há muito buscamos compreender…

Sofremos, também, por criar expectativas vãs
Entorno de coisas que jamais deveríamos ter sonhado viver...

A nossa opinião é o que nos faz julgar ser algo bom ou ruim...
Mas, afinal, por que insistimos em viver assim?

Estamos emergidos em tanta ansiedade
Que sentimos as dores de um futuro que ainda não veio...

Será que não percebemos que nada disso é de verdade?
Ou será que apenas gostamos de viver desse jeito?

Precisamos aprender a viver cada segundo por vez…
Deixando para trás o que já passou…

Não importa nada o que você fez...
Nem interessa o tempo que ainda não chegou…

O que é de verdade é o rápido e passageiro agora…
Pois é apenas aqui que vivemos…

Esqueça o que passou e o que seria daqui a uma hora…
Já que em alguns segundos todos morreremos…

Junto com todas as células e moléculas que se partem nesse momento,
Morremos e renascemos a cada segundo...

Desaparecemos e ressurgimos sem perceber o que está acontecendo…
E seguimos acreditando que somos os donos do mundo…

Bem como acreditamos que podemos controlar as nossas vidas…
Somos tão inocentes que até imaginamos ser possível dominar tudo ao redor…

Gastamos energia demais em busca disso tudo…
E esquecemos de investir em viver o agora de uma forma melhor…

Erramos com todos aqueles com quem convivemos…
Por não sabermos direito o que estamos fazendo…

Enquanto isso, o tempo vai passando…
E, aos poucos, seguimos morrendo e renascendo a cada momento.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Das trevas à luz

Enquanto ignorante,
Eras feliz sem saber
Após adquirires conhecimento,
Buscar a sabedoria é o teu maior dever

Vivias nas trevas,
Mas foste tocado pela luz
Agora, livre dos teus vícios,
Apenas a verdade te conduz

Ela não é a guia que desejavas
Pois trabalho não querias ter 
Mas é a que precisavas
Aquela que realmente podia libertar-te

Chega de enrolação!
Já perdeste tempo demais pensando
Enquanto ficas aí parado,
O mundo segue girando

Abras bem os teus olhos
E vejas a vida lá fora
Estejas sempre preparado
Para agir quando for a hora

Sem temor, nem receios
Apenas tenhas coragem em teu coração
Cumpra todos os teus deveres
Antes de dares por cumprida a tua missão

Precisamos seguir em frente

Se a vida um dia lhe tirar

Uma pessoa por você amada

Não chore, nem lamente demais

Pois isso faz parte da jornada


Cada beijo dado pode ser o último

Cada “até logo” pode ser um “adeus”

Em cada abraço roubado uma despedida

Daquela que estava em braços teus


Não fique triste, meu caro amigo

Nessa vida, ganhamos e perdemos o tempo todo

Mas continuamos sempre avançando

Seguimos em frente e vencemos o jogo


Então deixe de lado qualquer angústia sofrida

E a saudade que teu peito em vão tenta suportar

Se concentre em buscar um novo sentido à sua vida

E, aos poucos, sua alegria tente reencontrar


Lembre-se apenas dos bons momentos vividos

E dos sorrisos por você conquistados

Do que de mais belo juntos vocês sentiram

De tudo aquilo que jamais lhe poderá ser roubado



Muita luz para você, hoje e sempre!