Este
ano que se encerra hoje foi, sem sombra de dúvidas, o ano de maior
consciência da minha vida.
Um
ano repleto de desafios, perdas e escolhas difíceis que exigiram
muito de mim, mas que foram fundamentais para a formação do
sentimento de gratidão que sinto ao olhar para trás.
Um
ano agitado, intenso e resolutivo. Um ano bem vivido.
Vi
muita coisa. Paisagens lindas, belezas escondidas. Aprendi também a
rever a própria vida de uma forma mais simples e leve.
Iniciei
uma nova faculdade. Conheci muitas e muitas pessoas. Fiz novas e
valiosas amizades. Aprendi muito ao longo do ano e também passei em
todas as matérias.
No
trabalho, mudei de setor e assumi a posição de chefia de um dos
núcleos mais importantes do tribunal. Esta mudança trouxe muito
crescimento à minha vida profissional e, principalmente, pessoal.
Foram inúmeros desafios desde então, mas também tive muita
liberdade e autonomia, que eram coisas que buscava muito nos anos
anteriores.
Participei
ativamente da inauguração do CEJUSC-JT (centro de conciliações e
mediações da Justiça do Trabalho), local onde passei a trabalhar e
a liderar uma equipe pela primeira vez. Lá, pude ajudar muita gente.
Resolvemos quase mil processos - 959 para ser mais exato - em pouco
mais de 8 meses de trabalho.
No
campo afetivo, foi um ano realmente intenso. Muitas idas e vindas,
términos, conciliações e reconciliações.
Um
ano de muitas emoções viscerais.
Sofri,
fiz sofrer.
Fui amado, fiz valer.
Aprendi
duramente a lição tão difundida e mal compreendida do Pequeno
Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Aprendi,
também, a deixar ir e a abraçar forte quando vir; a deleitar cada
único e findo segundo vivido em uma boa companhia; a fazer valer o
sagrado tempo que nos é disposto nesta breve passagem por este mundo.
Aprendi,
acima de tudo, que preservar o que se tem de realmente valioso é tão
ou até mesmo mais importante do que conquistar algo novo. Como dizem
no mundo da luta: “o verdadeiro campeão é aquele que defende o seu
cinturão e sai vitorioso, pois é fácil ganhar o título; difícil
é mantê-lo”. 2018 me trouxe esta lição de várias formas.
Também
tive duras perdas neste ano. Bing, Fox e meu amado avô partiram para
nunca mais. Em mais um ano, a morte foi um grande mestre em minha
vida. Passei a abraçar mais forte a cada despedida e a sorrir mais
nos reencontros.
Aqui, no blog,
publiquei bem menos textos do que gostaria, mas publiquei textos de
grande qualidade que emocionaram muitas pessoas.
Ao
longo do ano, aprendi a ser mais empático, a ouvir mais e a julgar
menos.
Apesar das minhas inúmeras falhas, acredito que cumpri bem os papeis que exerço em minhas inúmeras relações, sendo um bom amigo, filho, irmão, namorado, padrinho, afilhado, neto, primo, sobrinho, servidor, chefe, subordinado, aluno, colega, e, acima de todos, humano.
Encerro
este ano preparado para mudanças em algumas partes da minha vida,
pois sinto que fecharei alguns ciclos e iniciarei novos.
Ao
olhar para trás, vejo que cada detalhe me trouxe até aqui,
especialmente os erros cometidos. Eles me tornaram um homem melhor.
Sou
grato por 2018.
Quanto
a 2019, apesar de todas as metas e os objetivos já traçados, o que
mais desejo é ser cada vez mais consciente de que cada momento bem
vivido no presente é o que torna possível, no futuro, o alcance dos resultados
almejados no passado.