segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Halls verde

O halls verde que te dei
Devagar, na tua boca, derreteu
Junto com ele, o meu beijo
Nos teus lábios também se perdeu

Adoro sentir os teus olhos me caçando
Enquanto finjo não te ver
Mas prefiro mesmo quando você se envergonha
Enquanto demonstro te querer

Amo sentir o teu cheiro
Enquanto te abraço bem forte
Isso me faz lembrar o quanto sou feliz
E o tamanho da minha sorte

Por te ter aqui comigo
Por horas e horas sem fim
Ou apenas por mais cinco minutos
Embora tempo nenhum seja suficiente para mim

Eu quero mesmo te roubar
E te guardar na minha estante
Para sempre poder apreciar
A tua beleza radiante

Linda, você acalma a minha alma
Mesmo sem dizer nenhuma palavra
Apenas por existir na minha vida
E me fazer companhia
Nos dias quentes
E nas noites frias


Uma viagem alucinante a Juiz de Fora.

No último fim de semana, viajei a Juiz de Fora para participar do casamento de um casal de amigos que me convidou para ser padrinho.
Para facilitar a compreensão do texto, dividirei o mesmo em títulos contendo partes desse longo fim de semana.
Espero que aproveite a leitura.

RAÇÃO AOS PORCOS

Quinta-feira, às 23 horas, saí de casa rumo ao aeroporto. Meu voo saia por volta de uma da manhã de sexta.
No horário previsto, o avião decolou rumo a Guarulhos (minha primeira parada). Não recordo a hora que cheguei em Guarulhos, mas uma coisa chamou a minha atenção: a pressa das pessoas em levantar e sair do avião – que desespero! Parecia que tinham liberado a ração dos porcos...foram várias pessoas levantando e pegando suas bagagens, numa agonia sem fim, como se isso fizesse a porta do avião abrir mais rápido – e não fez. Ficaram todos segurando suas malas em fila indiana, esperando a porta ser aberta.

PERFUME NO AVIÃO? (O QUE NÃO FAZER EM UM AVIÃO)

Por volta de 8 da manhã de sexta, saí de Guarulhos rumo ao Galeão, no Rio de Janeiro.
Uma viagem rápida e tranquila, cuja tranquilidade somente fora interrompida no momento do pouso.
Dessa vez, diferentemente do ocorrido no pouso em Guarulhos, o avião não foi direto ao local destinado à sua parada – o piloto aguardava a liberação da vaga do avião. Assim, após o pouso, o avião ficou parado no meio do aeroporto por volta de 20 min, esperando sua vez de parar no local próprio.
Como sempre ocorre, os comissários de bordo alertaram os passageiros, informando que deveríamos ficar sentados, de cinto, até o momento em que a luzinha do cinto apagasse. Embora tenha sido nítido e claro o recado do comissário de bordo, imediatamente uma senhora levantou-se e abriu o bagageiro de mão para pegar sua mala. Vendo o ocorrido, o comissário repetiu o alerta, solicitando que “os passageiros se sentassem” - só tinha ela em pé.
Observando que aquela senhora ignorou totalmente o segundo aviso, ele repetiu o alerta, de uma forma um pouco mais ríspida e deixou claro que não era para ninguém mexer no bagageiro até que fosse autorizado. Após esse terceiro aviso, a senhora maleducada finalmente se sentou e ficou quieta no lugar dela.
Passados alguns minutos, outra cena chamou a minha atenção: ao lado dessa senhora apressada e desobediente, tinha uma outra senhora ainda mais sem noção que ela. A outra senhora simplesmente começou a passar seu perfume em pleno avião. Isso mesmo, como não podia tirar o cinto, nem levantar ou pegar a mala, ela resolveu adiantar sua vida e passar perfume ali mesmo.
Por favor, jamais façam isso. Nada justifica tamanho egoísmo e desrespeito com os demais.

Isso tudo e eu nem havia chegado ao meu destino final.

CARTÃO DE VISITAS DO RIO

Após horas de sono mal dormido no trajeto avião-aeroporto-avião-aeroporto, cheguei no Rio de Janeiro por volta das 9h30min. Do aeroporto peguei um ônibus com destino à rodoviária.
No trajeto, vi um famoso cartão-postal do Rio que não tinha visto antes (já tinha ido ao Rio duas vezes):
Numa passarela estavam dois jovens (não sei precisar a idade, mas pareciam ter vinte e poucos anos) sentados, aparentemente aguardando o tempo passar. Eu achei estranho eles estarem parados lá. Realmente era uma atitude suspeita – eu jamais ficaria parado ali esperando seja lá o que for – e estranha. Mais estranho do que isso foi ver dois policiais subindo as escadas da passarela enquanto apontavam suas armas (um deles estava com um fuzil!!!) para os dois jovens.
O ônibus passou e não tive como ver o que aconteceu depois. Mas isso já foi uma cena marcante para quem assistira ao filme Tropa de Elite alguns dias atrás.

RJ-JF (DURMA ANTES OU SOFRA DURANTE)

Chegando na rodoviária, peguei um ônibus com destino a Juiz de Fora.
A previsão da viagem era de 3 horas. Porém não é fácil sair do Rio numa sexta-feira. Saí da rodoviária do Rio por volta de 11h30min. Somente uma hora depois finalmente consegui chegar na BR – o Rio está em obras – tamanho o número de engarrafamentos que peguei.
A viagem RJ-JF foi tranquila, mas longa demais. Quando se está morrendo de sono, viajar de ônibus pode ser uma tortura. Você dorme e acorda mil vezes.
A paisagem é linda. O percurso é cheio de montanhas para todo o lado.
Mas eu tinha muito sono. Dormia. Acordava. Via as montanhas.
Dormia. Acordava. Via as montanhas.
Dormia. Acordava. Via as montanhas.
Dormia. Acordava. Via as montanhas.
Dormia. Acordava. Via as montanhas.
Fiz isso por mais de vinte vezes e nunca chegava em JF.

JUIZ DE FORA: O QUE DEVEMOS COPIAR?

Passado o sofrimento da viagem de ônibus, finalmente cheguei em JF.
Eu imaginava que iria para uma cidadezinha do interior de Minas. Mas não, Juiz de Fora é uma cidade relativamente grande e bem urbana, bem diferente do que eu esperava. A sua arquitetura lembra muito a da cidade do Rio de Janeiro e tem alguns traços de São Paulo também.
Lá, tive a sorte de ficar hospedado em um hotel que fica em frente a uma praça bem interessante. Nessa praça, vi uma coisa que nunca vira antes: eles têm uma área reservada aos cachorros. Isso mesmo, a praça é dividida em basicamente quatro partes: quadra de futebol, área de skate, playground e área dos caninos.
Nessa área, toda cercada, os donos levam seus cachorros e os deixam soltos. Eles brincam entre si. Correm de um lado pro outro, pulam, rolam...é um show a parte.
Amei o lugar e buscarei providenciar algo parecido aqui em Manaus.
Quem tiver sugestão de como fazer, por favor, entrar em contato.

O BAR DO BIGODE E O GARÇOM SINCERO

Noite de sexta é o momento de libertação de muitos brasileiros. Em Juiz de Fora não é diferente. Lá, como aqui, não tem mar nem muitas opções para os jovens se divertirem. Assim, no pouco que andei, vi muitos bares lotados, inclusive com muita gente comendo/bebendo em pé do lado de fora dos bares.
Fui a um bar indicado pela anfitriã: o Bar do Bigode.
É um bar tradicional de Juiz de Fora, conhecido por ter o melhor torresmo da região.
Lá, encontrei o noivo e alguns amigos. Conversamos bastante até conseguirmos ser atendidos – sim, o atendimento foi tão ruim e demorado quanto o de muitos bares daqui de Manaus. O atendente, um garçom muito doido – cujo nome não e recordo - que soltou algumas pérolas. Para melhor exemplificar, citarei alguns diálogos (ou o que lembro deles) ocorridos naquela noite:
Numa mesa de 9 pessoas, uma fala:
- Garçom, me vê um caldo de feijão.
Ele responde: Ok, um caldo de feijão pra cada!
- Não pô, só eu quero um caldo de feijão, os outros querem pedir outras coisas.
- Ah, então assim é melhor eu ir pegar a caderneta pra anotar os pedidos.
Pegada a caderneta, ele começa a anotar os pedidos. Um outro membro da mesa, vegetariano, pergunta:
- Tem carne nesse caldo de feijão?
Singelo, ele responde: - eu vou trazer um procê e você me diz se é bom ou não!
- Eu só quero saber se vem carne ou o que vem nesse caldo…
- Pera, vou trazer um procê, se tiver ruim, eu mesmo pago…
Nesse momento, ele vai embora pedir o caldo de feijão do carinha vegetariano.
Voltando, ele pergunta, de forma bem apressada:
- O que mais vocês querem?
Alguém retruca:
- Calma, você está com muita pressa, amigo
Ele, ainda mais delicado, responte:
- Vocês tão fodidos comigo...pegaram o pior garçom daqui HAHAHA

Depois dessa, vamos ao próximo título.

MONTE THE WALKING DEAD CRISTO

No sábado, por volta de 9 da manhã, enquanto as madrinhas se maquiavam/arrumavam os cabelos, fui a um ponto turístico tradicional de Juiz de Fora: o Monte Cristo.
Para chegar lá, eu peguei um táxi. Como não conhecia a cidade e não tinha muito tempo – eu tinha que voltar antes do almoço -, essa foi a melhor opção.
O taxista me levou no topo do monte e me informou que dificilmente eu conseguiria pegar ônibus ou táxi lá em cima, razão pela qual ele me passou o número da central de táxis e falou para ligar para lá quando quisesse ir embora. Ok – eu pensei – vou ligar não. Vou dar o meu jeito de voltar pro hotel.
Lá, pude ver porque ele é o ponto turístico mais recomendado da cidade. Localizado em um dos pontos mais altos de JF, a vista do alto do Monte Cristo é realmente incrível. Além da possibilidade de ver boa parte da cidade, lá de cima, é possível ver a “cordilheira” de montes e montanhas que cerca Juiz de Fora. Uma paisagem bem diferente para um manauara. Senti uma paz muito grande lá em cima.
Passados alguns minutos – uns 20 eu acho -, resolvi que era hora de descer – até porque estava frio e com jeito de que ia chover. Conversei com um senhor que vendia água e perguntei se era seguro descer o monte a pé. Ele disse “até hoje, nada nunca aconteceu...sempre foi seguro andar por esse caminho”. Ok, era tudo que eu queria ouvir. Comprei uma água e desci o monte.
O caminho, muito sinistro por sinal, foi completamente solitário. Ninguém descia ou subia o monte. Eu não ouvia nada além do som da floresta que cerca o caminho. Típica cena da série The Walking Dead. Faltava só alguns zumbis pra me colocarem para correr. Ainda bem que não apareceu nenhum haha
Desci e finalmente cheguei à estrada principal. Ela já não era mais tão isolada, pois passava alguns carros, mas ainda era sinistra, visto que não havia mais ninguém caminhando.
Nela, caminhei e caminhei e nada de encontrar algum táxi.
Em um certo ponto, começou a chuviscar. “Estou ferrado” – pensei. Já estava frio antes, imagina se chovesse.
Andei mais um pouco até chegar em uma área um pouco mais civilizada, quando busquei abrigo em uma academia. Lá perguntei se tinha algum ponto de táxi perto. A resposta foi bem consoladora: “tem nenhum aqui perto não, mas talvez você tenha sorte de encontrar algum na avenida”.
Ok. Como não estava chovendo, segui minha caminhada solitária.
Após uma hora de caminhada e algumas paradas para pedir informação em postos de gasolina, finalmente conseguir pegar um táxi. Era meio dia. Fui para o hotel almoçar.

CASAMENTO NO HARAS MORENA

No sábado, às 14:30 entrei na van para ir para o haras onde seria realizado o casamento.
O casamento começou por volta das 16 horas.
O haras, um local lindo, com direito a lago, gramado verde, montes, flores e pinheiros. Elementos estes que juntos, formaram uma paisagem de beleza indescritível.
Para completar, o Sol deu as caras exatamente no momento do início da cerimônia e se escondeu minutos após o fim da mesma. Um dos trabalhadores do Haras disse que não tinha feito Sol em nenhum dia da última semana, que tinha sido uma semana fria e de clima de chuva.
Definitivamente, foi um presente do Universo aos noivos.
E eles merecem.
O casamento foi lindo. Esteticamente falando, foi impecável.
Ainda mais linda foi a energia do casamento.
A natureza ao redor, o amor em torno do casal, a energia positiva vinda de todos os lados.
Não falarei mais, pois nada do que eu diga será capaz de descrever com exatidão o que foi essa tarde/noite do dia 29/8/2015.

A ENERGIA DOS PERNAMBUCANOS

O noivo, meu amigo Marcos, é pernambucano. Olindense.
Sua família e seus amigos também.
E eles foram ao casamento.
Que energia eles têm!!!
Dançaram por mais de 5 horas sem parar. Com três horas de festa, eu já estava esgotado – assim como os demais convidados (amazonenses, mineiros, cariocas, etc). Mas os pernambucanos estavam a mil. E como dança esse povo! É frevo na veia. É frevo na véia. É frevo no véio. É frevo na menina e no menino também. Todos dançam muito. Saí de lá convicto de que tenho que passar pelo menos um carnaval em Olinda e participar do Bloco dos Sujos (bloco de rua criado pelo noivo e por seus amigos).

PRA QUÊ DOIS DESPERTADORES? POR QUE NÃO COLOCA SOMENTE UM QUE FUNCIONE?

Após o casamento, um ônibus nos trouxe de volta ao hotel. Tínhamos que dormir porque no dia seguinte, a van que nos levaria ao Rio de Janeiro partiria às 7 da manhã.
Eu, como sou um cara prevenido, coloquei dois despertadores para tocar, pois assim acordaria de certeza. Um estava programado para tocar às 5:30 e o outro às 5:40. Não tinha como dar errado, visto que esses despertadores já me fizeram ir trabalhar mesmo depois de notes homéricas.
Pois bem, acordo às 7:20 com o telefone do quarto tocando. Na linha, uma amiga pergunta: você já está descendo?
De imediato, respondo – sim, estou a caminho.
Quando olho pro relógio e vejo: 7h20min. Não dava mais tempo.
Liguei de volta e falei que não iria com a van.
Assim, uma nova aventura se inicia.

TÁXI EM JUIZ DE FORA: NÃO TÃO VELOZES E FURIOSOS, MAS VIVENDO A VIDA NO LIMITE

Pegamos um táxi com destino à rodoviária de JF. Um senhorzinho tranquilo e pacato.
Seguíamos nosso caminho tranquilamente até que um outro táxi emparelha com o nosso e o outro taxista buzina e pergunta:
-Troca cem?
-Troco sim – responde o nosso taxista.
A partir daí teve início uma cena típica de cinema de Hollywood: os táxis seguiram emparelhados e se aproximaram, quase que batendo um no outro por diversas vezes, enquanto os taxistas tentavam trocar o dinheiro.
O engraçado é que eles passaram por uma faixa de pedestre que tinha uma mulher esperando para atravessar. Eles poderia simplesmente ter parado para a mulher passar, enquanto trocavam o dinheiro, mas não, assim não teria graça. O bom mesmo é trocar o dinheiro com os carros em movimento.
Após alguns segundos de emoção – e muitas buzinadas vindas dos carros de trás – finalmente eles conseguiram trocar a grana e seguir viagem.
Ainda tivemos que ouvir o seguinte comentário do taxista:
-Esse pessoal é muito agoniado.
Não, meu senhor, você que é um completo sem noção!

Esse foi o ponto alto da viagem. Adrenalina na veia.

DE VOLTA PARA A MINHA TERRA

Após fazer o percurso JF-RJ de ônibus em 2h15min, numa viagem bem mais rápida que a ida, fui para o Galeão e peguei o voo para Brasília. Nada demais aconteceu nesse trajeto – só o tradicional ritual da ração dos porcos (descrito no primeiro título), que já passou a ser comum, porque ocorreu em todos os voos que fiz.
De Brasília para Manaus, aconteceu mais do mesmo, mas um pouco diferente.
Quando o avião pousou, antes mesmo das luzes do cinto se apagarem ou de ter algum aviso dizendo para não se levantarem porque as portas ainda estavam fechadas, 90% das pessoas levantaram ao mesmo tempo e correram para pegar suas malas, inclusive empurrando e quase batendo a mala na cabeça dos outros. A partir daí o ritual da “ração dos porcos” passou a ser batizado de “quem quer dinheiro?”. Isso porque a impressão que tive foi que alguém gritou “Quem levantar primeiro ganha R$1.000,00!!!” Eu não ouvi isso, mas as pessoas devem ter ouvido, pois só isso justifica tamanha pressa e agonia para levantar e ficar 15 minutos em pé com a mala na mão.

CURIOSIDADES DE VOAR PELA TAM*

*Tópico extra, contendo coisas que ocorreram em todos os voos.

Todos os meus voos foram pela empresa TAM. E em todos eu notei algumas coisas estranhas:

1. O cão fantasma
Após cada pouso, há um cachorro que late de forma sincronizada por aproximadamente dois minutos sem parar. Não vi nenhum cachorro, mas o latido é igual ao de um rottweiler. Se alguém souber me dizer o que é esse latido, fico grato. Pois minha inteligência não me permite crer que há um rottweiler em cada aeroporto esperando cada voo chegar.

2. A linguagem rebuscada dos comissários de bordo
Alguém sabe porque diabos os comissários de bordo ficam falando “portas em automático” e “portas em manual”?
Não seria muito mais fácil e acessível se falassem simplesmente “portas fechadas” e “portas abertas”?

CONCLUSÃO

Esse foi o resumo – não tão resumido assim – da minha viagem de um fim de semana. Espero que tenha gostado.
Para quem chegou até aqui, deixo meu recado final:
Viaje!
Experimente!
Se arrisque!
Saia da sua zona de conforto!
Viva intensamente cada segundo!
Seja feliz!


Muito obrigado Gabriela Frade e Marcos Souza pela amizade e pelo carinho.
Parabéns mais uma vez!!!






terça-feira, 25 de agosto de 2015

Conversando com o corvo

Olhe o mundo nos olhos
E não desvie o olhar;
Encare seus problemas de frente,
Sem desviar;
Não deixe que os seus medos
Sejam capazes de lhe paralisar;
Continue sempre adiante,
Sem titubear;
Sinta a água fria que toca teus ossos,
Que parecem congelar;
Sinta o vento que rasga o teu rosto,
Enquanto você acelera sem parar;
Beba a água direta da fonte
Até se embriagar;
Experimente o máximo de sabores
Que sua boca possa aguentar;
Não utilize “pontos finais”,
Pois eles apenas querem lhe calar;
Não complique demais
Aquilo que pode simplificar;
Não repita seus erros,
Sob a pena de jamais se perdoar;
Aproveite intensamente o momento
Antes que ele resolva acabar;
Siga a voz do seu coração
E não se arrependa de arriscar.
Você não tem todo o tempo do mundo.
Corra atrás de seus sonhos antes que não lhe reste mais nenhum segundo.
Lembre-se que nunca é tarde demais para se aprender algo novo,
Nem é cedo demais para começar a buscar a si mesmo.
Não pense que você é importante demais
Porque a verdade é que não é.
É apenas mais um no meio da guerra
Tentando ficar de pé.
Não tenha medo do que há por vir,
Pois já há medo demais fora de ti.
Eles não aproveitam a vida por causa do medo de morrer
E temem a morte por não saberem o que é viver.
Enquanto eles sofrem desesperadamente
Até que não lhes reste mais nada,
Seguimos voando livremente
Como o corvo negro da beira da estrada.


domingo, 23 de agosto de 2015

Nosso cheiro

Teu pescoço, meu beijo
Após, o nosso cheiro
O sangue corre em minhas veias pulsantes
Me perco em pensamentos distantes
Mas sei que nesse momento não há nada entre nós dois

Para mim, você é linda de qualquer jeito
Não consigo achar nenhum defeito
Tudo em você é extremamente apaixonante
E eu só quero viver intensamente esse instante
E não deixar nada para depois

Por isso ando sempre atrasado
De tanto ficar contigo acordado
Durante horas e horas sem fim
Quando já não consigo pensar mais em mim
Apenas quero com você estar

Mais tudo que é bom acaba também
Assim vivemos num eterno vai e vem
Nos encontrando e separando
Sorrindo juntos ou distantes esperando
Mais uma vez nos encontrar

Até que chegue essa hora
Eu tento viver o agora
Sorrindo sozinho ao lembrar
Do porque quero contigo estar
Para o meu vício saciar
E sentir mais uma vez o nosso cheiro no teu pescoço



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Vícios e virtudes

Os grandes filósofos ensinaram que o caminho para a felicidade é livrar-se dos vícios.

Mas como poderei ser feliz sem os meus vícios, se o meu maior vício é você?


Sou viciado no calor

E no aconchego do teu abraço

Sou viciado no teu sabor

E no doce cheiro da tua pele

Sou viciado no teu olhar

Onde me perco e te acho

Sou viciado em te admirar

Pois a tua beleza acalma e torna mais leve

A minha vida caótica

Aquieta a minha mente

Quando a minha memória

Traz flashes seus ao longo do dia

Me faz sorrir, lembrar de você

Para a minha alegria,

Sei que logo mais irei te rever

Até lá, só me resta esperar

Que o senhor do tempo enrole, mas não abuse

E te traga logo pra cá,

Ma belle muse


domingo, 16 de agosto de 2015

Depois da tormenta, vem a calmaria

Tudo tem seu auge e sua decadência. Tudo mesmo, inclusive nossos sentimentos.

Do amor ao ódio, da esperança à desilusão, tudo tem seu ponto alto e seu ponto baixo.

Tudo que existe tem início e fim. A diferença é que algumas coisas se renovam, outras não.

Geralmente, sentimentos positivos como a esperança e o amor se renovam e ressurgem mesmo quando pareciam ter desaparecido por completo. A sua decadência é uma grande diminuição do status quo. É o famoso “chegar ao fundo do poço”: em várias ocasiões, esse é o fim; para esses sentimentos, é a oportunidade de pegar impulso e subir rapidamente à superfície. Nessa hora, esses sentimentos atingem seu auge novamente.

Ou seja, enquanto certas coisas afundam e morrem, desaparecendo completamente, sentimentos positivos ressurgem com o menor dos estímulos ainda existentes, se renovam e crescem por si próprios e, como uma fênix em chamas, alcançam o mais alto dos voos e iluminam o mundo novamente.

Por outro lado, sentimentos negativos, como a desilusão e o ódio tendem a surgir no momento de decadência dos sentimentos positivos e alcançam seu auge no momento de total declínio daqueles. Porém, como tudo que existe, eles também têm sua própria decadência. A diferença é que estes, na maioria dos casos, desaparecem completamente quando chegam ao fundo do poço, uma vez que não têm capacidade de perdurar no tempo por conta própria, pois dependem de fatores externos para surgir e crescer.

O que ocorre, muitas vezes, é que variações desses últimos sentimentos (os negativos), como abutres esfomeados, ficam rodeando as nossas vidas à espera de um novo momento de decadência dos sentimentos positivos. Assim, quando um sentimento negativo morre, outro ocupa o seu lugar na primeira oportunidade, momento em que tem suas próprias ascensão e decadência.

Assim, o que nos resta é alimentar os elementos positivos da nossa vida e boicotar os elementos negativos, deixando de alimentá-los o mais rápido possível (mesmo que às vezes seja “tão bom” - no fundo não é bom, embora muitas vezes pareça - vivê-los de forma visceral).

Lutamos esta guerra diariamente. Em muitas batalhas, perdemos o controle e deixamos os nossos sentimentos negativos dominarem nossa mente e nossas atitudes. Em outras – espero que na maioria das vezes -, alimentamos os sentimentos positivos, que, fortes, vão à guerra e esmagam seus adversários e ganham essas batalhas.

Portanto, o que devemos fazer é alimentar diariamente os sentimentos positivos, de forma que estes estejam fortes e preparados a todo o momento, sempre prontos para vencer uma nova batalha, nos fazendo sentir a paz interna que eles trazem, mesmo que estejamos em uma guerra externa.

Boa semana para você!!!

Muita  positividade, luz e paz para todos nós!



sábado, 15 de agosto de 2015

Seu problema, minha vingança.

O que fazer quando não se pode proteger aqueles que se ama?

Como reagir ao saber que alguém fez mal a alguém que você deveria proteger?

Como superar o sentimento de impotência frente a uma situação ocorrida longe de você?

Como controlar a raiva e o ódio que correm em suas veias agora?

Como seguir em frente sem realizar a vingança tão desejada?

Como não descontar sua fúria no próximo?

Como voltar a sorrir depois de ser desrespeitado ou saber que alguém próximo a você foi desrespeitado?

Como viver em paz sabendo dos males que afligem a nossa sociedade?

Como deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente sem consertar os danos do dia que passou?

Fiz muitas perguntas, mas não sei se realmente quero saber as respostas.
Tudo o que eu queria era estar lá para protegê-la. Para vingá-la. Para fazer sofrer quem a fez sofrer. Para acabar com a sua dor antes mesmo que ela tivesse início.

Meu maior desejo era saber quem lhe desrespeitou, quem lhe causou qualquer angústia ou sofrimento, para que eu pudesse caçá-lo dia e noite até encontrá-lo. Para que eu pudesse socar-lhe cara até destroçá-la completamente. Para que eu pudesse arrancar seu coração com as minhas próprias mãos.

Para que pudéssemos sorrir novamente no fim do dia.


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Bradesco, te odeio.

Ontem fui abrir uma conta em um banco decente e tive uma surpresa: “não dá para abrir a conta porque seu nome está no SERASA desde 2012 por causa de uma dívida como o Banco Bradesco”.
A minha primeira reação foi: - tá de brincadeira, né? Como assim "dívida com o Bradesco"? Nunca fiz nenhum empréstimo ou algo do tipo...

Depois, pensando melhor e forçando a memória, lembrei: eu trabalhei na Assembleia Legislativa e recebia pelo Bradesco. Ok, realmente já tive algum vínculo com o referido banco.
Eu deixei de trabalhar na Aleam em setembro de 2012 e fiz questão de encerrar a minha conta duas semanas depois, pois eu já sabia que deixar conta ativa no Bradesco era a maior burrice que uma pessoa poderia fazer.
Lembro como se fosse ontem: eu fui à agência na qual abri a minha conta (a fica dentro da Aleam) e pedi para encerrar a conta. A gerente na época – Karla (com K mesmo. Nunca esqueci esse nome porque não teve uma única vez que essa mulher tenha me atendido bem ou resolvido meu problema) – me disse que eu estava com saldo negativo de R$24,00 e teria que pagar antes de encerrar a conta.
Ok. Fui ao caixa, depositei os R$24,00 e retornei com ela.
Após mais ou menos meia hora, ela apertou a minha mão e disse: “pronto, a sua conta está encerrada”.
Não lembro se ela me deu algum recibo. Como não achei nenhum, creio que ela realmente não tenha me dado nenhum. Esse foi o meu erro.
Saí da agência e fui num caixa eletrônico. Ao colocar o cartão na máquina, obtive a resposta de que o cartão não era mais válido. Que bom – pensei -, finalmente me livrei deste banco. Grande engano.

Hoje fui novamente à agência da Assembleia e falei com o gerente – não é mais a Karla. Ele me disse que a dívida existe e ele não tinha como resolver, pois só poderia renegociá-la. Mas aconselhou que eu fosse na agência à qual a agência da Aleam é vinculada, para conversar com a gerente-geral.
Segui o conselho e fui ao centro. Chegando lá, conversei com a gerente-geral, que me informou que a dívida decorria das taxas de uso do cheque especial; que a minha conta não foi encerrada e só o que ela poderia fazer era renegociar a dívida.

Ou seja, passados 3 anos desde que “encerrei” a minha conta, descubro que devo R$1.200,00, decorrentes das taxas mensais do cheque especial (como a gerente não fechou a conta, foi incidindo uma TAXA PELA POSSIBILIDADE DE USO do cheque especial – que aliás eu NUNCA usei - a cada mês, gerando uma dívida que era satisfeita automaticamente pelo próprio cheque especial, que no outro mês aumentava cada vez mais, pois virou uma bola de neve – ou seria de merda? - onde a dívida do cheque especial de um mês era paga com o cheque especial do outro mês, aumentando a dívida total).
Assim, a taxa (da possibilidade) de uso do cheque especial, que deveria ser algo em torno de 20 e poucos reais, virou essa superdívida que sujou o meu nome no SERASA.

Como realmente não tenho o comprovante do encerramento da conta, só me restou renegociar a dívida e pagar R$200,00 (valor referente às "taxas atrasadas") à vista, tendo como “descontados” os valores referentes a juros e atualizações.


Em resumo, Bradesco, você tentou me roubar R$1.200,00. Não conseguiu. Mas me roubou R$200,00 e 3 horas da minha vida. Eu realmente nunca gostei de você, mas não o odiava.
Hoje eu te odeio.

Segue abaixo a minha vontade de hoje:


domingo, 9 de agosto de 2015

AMOR OU PAIXÃO?

Os dois.
Por quê escolher somente um?
Muita gente tem dúvida sobre o que é cada um desses sentimentos.
Muitos vivem um achando que é o outro e vice-versa.
Muitos não vivem nenhum e acham que estão apaixonados ou amando.
Como saber se está vivendo um ou outro?
Vivendo.
Não há professor melhor que a vida e o tempo para lhe ensinar a diferença entre os dois.
Eu poderia até lhe dizer que paixão é um sentimento rápido, fugaz, efêmero, incendiante; que lhe rouba a atenção e que lhe vicia instantaneamente; que age em você como um terremoto, passando por você e arrasando com todas as suas estruturas internas.
Também poderia lhe dizer que amor é um sentimento construído ao longo do tempo, tijolo por tijolo; que precisa de uma base sólida para crescer; que é baseado no respeito e na admiração; que é algo duradouro e, talvez, eterno; que age em você como um vulcão ativo, que às vezes fica quieto e às vezes entra em erupção, mas sempre está lá em maior ou menor intensidade.
Mas nada do que eu diga lhe fará entender o que é amor ou paixão. Você apenas entenderá quando viver cada um. E, somente depois de vivenciar os dois, poderá saber a diferença entre eles.
Se você já experimentou qualquer um desses dois sentimentos, você sabe do que estou falando.
Se ainda não experimentou, espero, de coração, que experimente logo. Esses sentimentos tornam a vida de uma pessoa muito melhor (ainda mais quando é recíproco).
Amar e ser amado. Apaixonar e estar apaixonado. Tudo isso faz muito bem para a vida e para a alma.
Não sei se você é adepto(a) da monogamia, da bigamia ou do poliamor.Isso não importa. O que importa é que você experimente o amor e a paixão e viva intensamente esses sentimentos. É possível amar e estar apaixonado pela mesma pessoa - e como é bom viver as duas coisas ao mesmo tempo pela mesma pessoa! -, bem como por duas ou mais pessoas, ao mesmo tempo ou não. Não importa sua idade ou seu sexo, nem a sua orientação sexual, o que importa é que você seja fonte de amor e paixão, bem como seja objeto desses sentimentos.
O mundo seria bem melhor se todos os seres humanos vivenciassem esses sentimentos intensamente.

Boa semana, muita luz, amor e paixão para você!






sexta-feira, 7 de agosto de 2015

MUSE

O frio do inverno
O Sol do verão
Você, minha musa,
Minha fonte de inspiração

O vento que sopra
A folha que cai
Nada de bom me resta
Quando você se vai

O seu sorriso
Uma obra de arte
Que encanta a minha alma
E me traz paz

O teu abraço
Meu aconchego
Me aproxima de ti
Enquanto me perco

As tuas delicadas mãos
Me guiam no escuro
O teu doce olhar,
Meu porto seguro

O brilho dos teus olhos ao me ver
O tom da tua voz ao falar comigo
O sangue flui tão rápido que parece ferver
Enquanto buscamos um no outro uma espécie de abrigo

Toda vez que você sai, eu suplico
Não se vá, fica mais um pouco comigo
Você fica triste, toda vez que eu tenho que ir
Não chega a chorar, mas demora a voltar a sorrir

Como a lua e o Sol se complementam
Nós seguimos lado a lado
E todos os problemas que surgem
Resolvemos do modo mais fácil

Conversamos constantemente
Por dias sem fim
Eu não me canso de você
E você não se enjoa de mim

Você me inspira a todo o momento
Já não consigo tirá-la do pensamento
Eu alegro o teu dia com poucas palavras
E seguimos assim enquanto construímos a nossa estrada

Cada dia que passa, uma nova lição
Cada vez que te vejo, uma nova emoção
Cada hora que passamos juntos, uma oportunidade
Cada segundo contigo, aumenta a minha vontade

Tudo que eu quero é fazer você feliz
E poder ser tudo o que você sempre sonhou
Você é tudo o que eu sempre quis
Minha fonte de luz e de amor


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O NOVO AMANHÃ

Temos medo do silêncio
De ter que ouvir nossos próprios pensamentos
E encarar a verdade
Lutamos contra o tempo
Para aproveitar cada momento
Em que fazemos nossa própria vontade

O mundo nos sufoca com tanta informação
Que acabamos perdidos, vagando sem direção
Nossos sonhos, nossas metas, nossos planos
Foram destroçados ao longo dos anos

Hoje, vivemos apenas para o agora
Mas nem sequer percebemos quando ele vai embora
Rapidamente o apagamos da memória
Junto com toda as lembranças e histórias

Nossa capacidade de amar também morreu
Fechamos os olhos para "o que não é meu"
O outro passou a ser apenas um objeto
Que usamos como meio de chegar perto
De tudo aquilo que buscamos

O rio secou...
Um deserto surgiu...
A fartura acabou...
E você não viu...

Mas não precisa mais chorar...
Já que tudo vai mudar...
Isso só depende de você...
Pois o mundo é o reflexo de nós e nós somos exatamente o que quisermos ser

Então, seja amor
Acabe com a sua dor
E com o sofrimento do mundo
Escolha ser feliz
Viva como um eterno aprendiz
E desenvolva um altruísmo profundo