Paro
de frente para a janela e olho para fora
Onde
a vida ocorre de verdade
Vejo
as nuvens marchando rapidamente
Enquanto
as árvores dançam um tango com o vento
Dois
para lá, dois para cá
No
céu azul, manchado de laranja,
O
Sol se despede devagar
As
aves voam, me fazendo inveja, visto que ainda não posso voar
Estou
preso numa caixa, a 5 andares do chão
Sufocado
por uma gravata e um sapato apertado
Desesperadamente
cercado por um mundo de ilusão
Cansei
de respirar ar condicionado!
Preciso
de um pouco de ar puro
Para
quem sabe parar de adoecer
Nessa
sala cercada por tantos muros
Que me fazem enlouquecer
De
volta para casa, no meu carro,
Abaixo
os vidros da janela
Para
voltar a viver
Sinto
o vento cortando a face
Enquanto
vejo o meu sorriso renascer
Tomo
minha dose de liberdade
Antes
de cair o anoitecer
Chego em casa, cansado
Mas após
tirar a roupa e ficar aliviado
Respiro
fundo e relaxo
Finalmente estou no meu quarto...
Sento
na minha cadeira
Fico
de frente para você
Me
aprisiono novamente
Numa
janela diferente
E
começo a escrever
Para
mim, esse texto soa como canção
Mas
para você é apenas mais um texto longo que não irá ler
A
tela incandescente faz arder os meus olhos já marejados de sono
Eu
não durmo direito há muito tempo...
Meus
dedos digitam sem parar
Tudo
que sai da minha mente
E
não há limite para as palavras
Que
contam histórias tão reais
Mesmo
que façam ou não sentido
Mas isso
eu deixo contigo
Pois
já não sei se o que escrevo é para rir ou para chorar,
Só
sei que a minha vontade é de junto com os pássaros voar.
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