sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Vontade de voar

Paro de frente para a janela e olho para fora
Onde a vida ocorre de verdade
Vejo as nuvens marchando rapidamente
Enquanto as árvores dançam um tango com o vento
Dois para lá, dois para cá
No céu azul, manchado de laranja,
O Sol se despede devagar
As aves voam, me fazendo inveja, visto que ainda não posso voar
Estou preso numa caixa, a 5 andares do chão
Sufocado por uma gravata e um sapato apertado
Desesperadamente cercado por um mundo de ilusão
Cansei de respirar ar condicionado!
Preciso de um pouco de ar puro
Para quem sabe parar de adoecer
Nessa sala cercada por tantos muros
Que me fazem enlouquecer
De volta para casa, no meu carro,
Abaixo os vidros da janela
Para voltar a viver
Sinto o vento cortando a face
Enquanto vejo o meu sorriso renascer
Tomo minha dose de liberdade
Antes de cair o anoitecer
Chego em casa, cansado
Mas após tirar a roupa e ficar aliviado
Respiro fundo e relaxo
Finalmente estou no meu quarto...
Sento na minha cadeira
Fico de frente para você
Me aprisiono novamente
Numa janela diferente
E começo a escrever
Para mim, esse texto soa como canção
Mas para você é apenas mais um texto longo que não irá ler
A tela incandescente faz arder os meus olhos já marejados de sono
Eu não durmo direito há muito tempo...
Meus dedos digitam sem parar
Tudo que sai da minha mente
E não há limite para as palavras
Que contam histórias tão reais
Mesmo que façam ou não sentido
Mas isso eu deixo contigo
Pois já não sei se o que escrevo é para rir ou para chorar,
Só sei que a minha vontade é de junto com os pássaros voar.





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