Derrota, frustração e cura.

Gastamos parte do nosso presente um planejando o futuro. Isso é normal e até mesmo necessário.

Mas o que acontece quando fazemos planejamento a longo prazo e algo dá errado a curto prazo?

O que acontece quando o plano ter que ser abortado antes mesmo de passar da primeira fase?

Ficamos frustrados...

Ficamos frustrados e passamos a viver sem sentido por algum tempo.

É preciso ter muita resiliência para se adaptar rapidamente à nova realidade surgida após o desmoronamento do castelo de areia chamado “meu sonho de vida”.

Quando passamos muito tempo das nossas vidas planejando algo, inclusive planejando os próximos meses das nossas vidas dedicados a algo, e não conseguimos caminhar como gostaríamos rumo ao norte desejado, nem ao menos chegar perto de alcançar o objetivo traçado, a sede da conquista dá lugar ao vazio da derrota.

Ficamos tristes e desanimados com qualquer coisa que surja para suprir o buraco que criamos. Falta-nos consciência para enxergar a realidade de forma simples: nem tudo ocorre como planejamos, ainda mais se não nos dedicamos suficientemente a isso.

Sendo assim, o que nos cabe é parar de lamentar para o que ficou para trás ou o que “poderia ter sido”, olhar para frente e agir agora; atuar no presente para mudar o futuro.

Tenha resiliência e força para continuar. Por mais que a tua jornada tenha mudado, ainda é possível aproveitar o teu caminho, seja lá qual for.

Sobre paciência e preparo.

Muitas vezes desejamos demais algo, mas não somos pacientes para aguardar o momento certo de receber o que queremos.

O Universo sempre nos fornece o que precisamos, no momento em que realmente precisamos, não quando queremos. 

Aí é que mora o problema. 

Somos apressados demais para esperar que as coisas aconteçam quanto têm que acontecer.

Desejamos algo e queremos imediatamente, igual criança mimada.

Não faça mais isso!

Se deseja algo, faça tudo que estiver ao seu alcance para alcançá-lo, mas seja paciente, pois o Universo não é tão imediatista quanto você. Ele é justo e lhe dá o que lhe cabe, no momento oportuno. Apenas esteja pronto para quando a hora chegar.

Então é isso: se dedique ao máximo aos seus objetivos, seja paciente e esteja sempre pronto, pois a hora certa pode chegar a qualquer tempo, sem aviso prévio.

E o chão tremeu

E o chão tremeu...

Tremeu em Manaus com um distante terremoto ocorrido.

Tremeu em Brasília com a prisão de um nobre ilustríssimo.

Aqui, aqueles que moram perto do céu sentiram o chão tremer

E os que moram no chão nada puderam perceber.

Lá, os semideuses sentiram-se mais humanos

Enquanto os humanos se sentiram mais divinos.

Nada como uma dose de justiça para estremecer um país tão acomodado.

Eu mesmo, há tempos tenho me ausentado um bocado,

Pois a ignorância traz felicidade.

Mas hoje foi um bom dia para encarar a realidade:

Ao olhar para o caos que assola a minha pátria,

Cujo Congresso está repleto de párias,

Acabei me surpreendendo com o Senado.

Finalmente fizeram algo digno de aplausos!

Mantiveram a prisão de um sujeito imoral

Chamado Excelentíssimo Senhor Delcídio do Amaral.

Este senhor, “respeitado” congressista,

Foi gravado enquanto falava como contrabandista;

Enquanto arquitetava a fuga de um investigado.

Oh, pobre coitado, foi traído pelo próprio aliado.

O mesmo, cuja pele tentava salvar,

Que acabou lhe prejudicando ao o denunciar.

Agora já era, não cabe fiança, então nem adianta chorar,

Vai ter que passar alguns dias presos por tentar atrapalhar

Uma investigação federal.

E o brinde de hoje vai para o Senado Federal!

Saia da inércia!

Por muito tempo, vivemos isolados em nossos mundinhos particulares, sem olhar pro outro lado do muro.

Sem nem mesmo brechar na cortina da janela o que acontecia lá fora.

Por muito tempo, ficamos ilhados em nosso egoísmo, indiferentes às dores existentes no mundo.

Vivendo apenas o aqui, o já e o agora.

Muitas vezes, precisamos de uma tragédia para que comecemos a enxergar a vida como ela é.

Temos que cair no fundo do poço para podermos reaprender a ficar de pé.

Outras vezes, apenas a iminência de uma grande perda serve para nos fazer refletir e avançar.

Pois o mesmo temor que paralisa também pode ser usado como combustível para voar.

Não espere que aconteça uma tragédia na sua vida para sair da inércia!

Seja útil à sociedade e à sua família!

Faça o que tem que ser feito, independentemente de dor ou prazer.

Seja, ainda, indiferente à tristeza ou à alegria.

Não deixe para depois o que pode ser feito neste momento.

Com dedicação e atenção, assuma o controle do seu pensamento.

Viva cada dia com disciplina, mesmo quando lhe faltar motivação.

Busque ouvir a voz do silêncio e siga sempre a voz do seu coração.

Da amizade

A amizade é eterna, não importa quanto tempo dure.

Se um dia acabou, pode ter certeza de que basta o interesse de uma das partes para que ela volte a ser a mesma de anos atrás.

Um amigo de verdade cuida do outro, mesmo à distância. Se importa, sente a dor e a felicidade do outro.

O amigo é a extensão do outro. Um se realiza através dos feitos do outro. Um sorri com a alegria do outro.

Quando nenhum está feliz, basta reuni-los para que, após algum tempo de conversa, ambos fiquem bem.

O amigo de verdade é o escudo que protege; o fogo que aquece; a lança que ataca.

Um amigo de verdade por ser homem, pode ser mulher, pode ser mais jovem ou mais velho que você.

Um amigo de verdade vem do nada, sem interesse nem razão, e fica para sempre.

Um amigo de verdade reconhece o outro no olhar e se une a ele no abraço.

Um amigo de verdade é o melhor psicólogo que se pode ter.

É também a melhor companhia. Se for amigo(a) de sua(seu) companheira(o), aí é melhor ainda!

Não se deixe afastar demais de seus amigos. Você pode estar distante num momento em que seu abraço seria muito útil. Assim como eles podem estar distantes quando você precisar de um ombro para lhe apoiar.

Caso tenha se afastado de um amigo, não tema ser o responsável pela reaproximação. Como eu disse antes, uma amizade verdadeira é eterna, basta que um das partes esteja interessada para que a amizade volte a ser como era no começo.

Um brinde a todos os nossos amigos de verdade!

Depois das três

Já não há mais sinais vermelhos

Nem nada que me possa parar

Caminho sozinho pela estrada

Sem ter com o que me preocupar

Não é mais noite e ainda não é dia

Eu perdi a noção do tempo

A madrugada é silenciosa e sombria

E é toda minha nesse momento

O retrovisor é a única companhia

Já que todo mundo está dormindo agora

A minha luz a estrada ilumina

E, assim, vou seguindo embora

Atrás de um lugar que me pertença

Onde eu possa descansar

Me desvincular da estrada

E dela me libertar

Já são três e quarenta

E ainda não parei de acelerar

Sigo sozinho na estrada

Sem nada que possa me parar

A mim mesmo.

Nem medo, nem ódio, nem paixão.

Guia-te apenas pela razão.

Olha-te no espelho e domina-te!

Com coragem e tranquilidade, encares os teus problemas de frente.

Quando estiveres distraído, acalma-te.

Respiras profundo e sigas adiante.

Meditas, pelo menos, uma vez ao dia.

Acostuma-te contigo mesmo.

Esforça-te para tornar simples a tua vida.

Pratiques cada vez mais o desapego.

Tenhas disciplina e dedicação.

Aprendas a ouvir a voz do silêncio.

Escutas, também, o que diz teu coração.

Ames com todas as tuas forças.

E nunca limites o teu amor.

Livra-te de todo o desejo.

Ignores a tua dor.

Guarda-te sereno a todo o momento.

Não permitas que nada externo te perturbe.

Tornes puro o teu pensamento.

E venças a tudo aquilo que te ilude.

Uma dose de altruísmo

Todos realmente sabemos o significado de altruísmo?

É fácil dizer “eu sei me colocar no lugar do outro” ou “eu entendo a sua dor”, mas será que é somente isso mesmo?

Somos habituados a julgar o próximo a cada ato realizado. Quando nos “colocamos no lugar do outro”, levamos junto as nossas crenças e os nossos pontos de vista. Mas não fazemos questão de ouvir ou sentir o que acontece com aquele ao qual buscamos compreender. Isso nos impede de realmente nos colocar no lugar do outro, pois julgamos a atitude do outro com base na lógica do “eu no lugar dele(a) agiria assim…, por que será então que ele(a) agiu assim?” e paramos aí. Não aprofundamos a análise para realmente entender o porquê da atitude do próximo. Não consideramos o que deu errado na sua manhã ou se ele perdeu um ente querido no dia anterior, apenas julgamos.

E julgamos rápido demais porque temos pressa. Não temos tempo de ouvir ou sentir os demais.

Nós não estamos acostumados a olhar para o outro com um olhar despido das presunçosas lentes do orgulho. Não nos importamos de verdade com a dor alheia. Seja por medo de senti-la também ou simplesmente por ignorá-la.

O medo de sentir a dor do outro acaba nos automatizando e fazendo com que fiquemos “frios” quando expostos à fragilidade alheia.

A ignorância traz felicidade, mas também nos torna ingênuos. Ignorar a dor do outro é muito mais cômodo do que enxergá-la e tentar compreendê-la. Mas essa escolha esconde uma imensidão de egoísmo que, com o tempo, acaba tornando-se indiferença. E a indiferença é o pior dos sentimentos.

A solução para esse problema (não observar a dor alheia como ela realmente é) é simples: precisamos observar mais o mundo ao redor, conversar de verdade com as pessoas e ouvi-las de coração aberto, despido de preconceito, orgulho e pressa.

Muita luz e mais altruísmo para você!

Um pouco de você

Da conversa, a amizade

Do beijo, a paixão

Um carinho; um abraço

Te entreguei meu coração

Você sempre me guia

Quando estou perdido

Com sua luz, a minha vida ilumina

Me aquece e me salva do frio

Nos teus olhos, eu vejo a verdade

As tuas mãos me mostram o caminho

E mesmo que, às vezes, me deixe só na vontade

Contigo quero estar mais um pouquinho

Nos teus lábios, eu me derreto

Perco a cabeça e me esqueço

De que um dia pude viver sem ti

Retorno a consciência quando te deixo

Mas logo, mais uma vez, eu me perco

E fico sonhando em roubar você pra mim

Mas, na realidade, foi você que roubou a minha atenção

O meu dia, a minha noite e o meu coração

Saudades de você, minha fonte de luz e de inspiração

Faça o que tem que ser feito!

Há muito tempo, vinha fazendo apenas o que queria, deixando de lado suas obrigações e seus deveres.

Ele caminhava à noite como o lobo que parte em direção da presa. Nada poderia detê-lo.

De dia, dormia como um rei.

Passaram-se os dias.

Passaram-se os meses.

Passaram-se alguns anos.

Nada mudou em sua vida.

Vivia a liberdade plena de ser dono de si, mas não sabia o que fazer consigo mesmo, pois vivia sem rumo.

Vagava pelas estradas; distraía-se com a paisagem; perdia-se no caminho.

Até que encontrou um objetivo que o tirou da inércia. Uma batalha digna de ser disputada. Uma guerra longa e que exigiria o máximo dele para ser vencida.

Deixou de lado algumas atividades com as quais vivera por anos para poder se dedicar a esse novo objetivo.

Mas o seu gênio interior estava muito acomodado, preguiçoso e indisciplinado. Como um imperador, ditava cada passo que ele tomava rumo à derrota.

Porém, um dia ele refletiu sobre a sua vida e decidiu mudá-la.

Decidiu que, a partir dali, faria o que tinha que ser feito, não apenas o que queria fazer.

Redefiniu suas prioridades e traçou metas para alcançá-las.

Enxergou o quadro como um todo e viu que, para vencer a guerra, ele teria que se dedicar muito mais e fazer de cada batalha diária a sua vida.

E assim passou a viver.

Ele ainda não sabe se vencerá todas as batalhas e/ou se vencerá a guerra, mas sabe que dedicará cada segundo de sua vida ao que for necessário para vencê-las.

Vida longa ao homem que dominou o seu gênio interior!