domingo, 20 de março de 2016

Carta à minha musa

Na mesma hora, no mesmo lugar,
Nossos olhos unidos uma vez mais...
Um novo desejo da mesma vontade
Que nunca se satisfaz...

O mesmo gosto, o mesmo cheiro
E o tempo desvanece sempre fugaz...
O vício que aumenta igual à sede
De quem quer cada vez mais...

E assim somos nós quando estamos a sós:
Não nos contentamos com o pouco que temos;
Queremos sempre um ao outro a todo momento.
E quando temos que ir, não desatamos os nós:

Nos falamos de manhã, de tarde e de noite,
Às vezes, de madrugada também...
Quando não nos vemos, sentimos o açoite
Da saudade em nossos peitos que não nos faz bem...

É um aperto no coração
Que não tem fim...
Uma triste canção
Dentro de mim...

Mas eu sei que por trás desse vício há algo a mais:
Um sentimento puro e belo de se viver;
Uma energia do bem que emana do nosso encontro
E nos dá forças para não esmorecer,

Nem desistir de caminhar de mãos dadas
Independentemente do caminho a se seguir,
Sempre nos mantemos firmes na nossa estrada
E superamos qualquer obstáculo que vier a surgir.

Agora, para encerrar essa carta à minha musa,
Deixo a última frase para você:
Me dê a sua mão e permita que eu lhe conduza
Por muitos outros momentos de felicidade e prazer.

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