Vivemos
tão cercados de concreto
Que
não enxergamos mais o céu;
Ao
olharmos para cima,
Vemos
sempre o mesmo véu…
É
teto, é parede,
Não
há nada que remeta ao natural;
É
tanto tempo que estamos enclausurados
Que
já aceitamos isso como normal;
Nossos
carros são blindados,
À
prova da luz solar;
Nossos
insulfilmes são tão fortes
Que
mal conseguimos enxergar
O
que está ao nosso redor,
Aquilo
que não queremos tocar,
Pois
reflete o que há de pior,
As
incoerências que não conseguimos mascarar..
Vivemos
imersos em tanto barulho
Que
não reconhecemos mais o silêncio que nos habita..
Somos
movidos somente por instintos básicos,
Como
um cão esfomeado sempre em busca de comida..
Mas
hoje eu disse não
A
tudo que meu coração repele..
Abaixei
os vidros do carro
E
deixei o Sol tocar a minha pele..
Senti
o calor fluir
Pelas
minhas veias pulsantes;
Observei
a vida passar
Perante
meus olhos errantes;
Agora
à noite, saí no quintal
E
apaguei todas as luzes;
Observei
a Lua tão vigorante,
Acompanhada
por várias estrelas e algumas poucas nuvens..
Que
linda e magnífica ela é..
Tão
imponente e serena;
Tão
sensata e fugaz;
Tão
calma e tranquila
Que
encheu minh’alma de paz..
Agora sim,
posso dormir,
Visto
que a minha missão foi cumprida;
Mais
um dia que posso dizer
Que
apreciei o que há de melhor na vida.
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