sábado, 15 de abril de 2017

Ninguém sabe a dor do outro

Ninguém sabe a dor do outro
Nem o peso que cada um traz nas suas costas
Não sabemos os seus segredos
Nem o que esconde atrás de 7 portas

Tentamos compreender o outro
Mas sequer conhecemos a nós mesmos
Dessa forma, acabamos julgando
Apenas sob a ótica do que vemos

Muitas vezes, machucamos
Quando tentamos ajudar
Às vezes, erramos
Por não saber como falar

Outras vezes, nos omitimos demais
Sim, essa também é uma forma de falhar
Pisamos em ovos
Quando queremos preservar

Mas, por mais que nos esforcemos,
Nem sempre somos capazes de poupar
Toda dor e sofrimento
Que o outro “escolhe” passar

Coloco o “escolhe” entre aspas
Porque uma escolha de verdade tem que ser consciente
E ninguém em plena consciência
Opta por um caminho que da alegria seja diferente

Quando alguém opta pelo sofrimento
É um claro sinal de que algo está errado
Se formos um pouco atentos
Enxergaremos que há muito mais a ser notado

Nenhum sinal é irrelevante
Nenhuma dor é pequena demais a ponto de ser desprezada
Nenhum sentimento de solidão é insignificante
Pois ninguém precisa caminhar só nesta jornada

Se você notar alguém caído
Lhe estenda a mão
Se for você que estiver no fundo do poço
Saiba que você não está só; há mais gente nessa mesma situação

Não desista de lutar,
Retome a sua confiança
Enquanto você respirar
Ainda há esperança.


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