Somos
seres racionais, mas temos a memória fraca.
Nos
esquecemos rapidamente de grandes lições aprendidas.
Quem
já teve contato com a morte, através da perda de algum parente,
amigo, animal de estimação ou mesmo através da morte de algum
estranho, pôde perceber (ou, pelo menos, lhe foi dada a oportunidade
de perceber) que o maior sofrimento passado pelos que ficam é saber
que nunca mais poderão reencontrar a pessoa ou animal que se foi.
Esse
sofrimento vem porque não fizemos tudo que podíamos e queríamos
fazer junto com a pessoa/animal quando havia oportunidade e nunca
mais poderemos fazer agora que ela se foi. Não sabíamos que o
último encontro seria a última vez.
Quando
sabemos que o momento que estamos vivendo será o último, nos
dedicamos a ele com tanta plenitude e intensidade, com tanta
presença, que o mesmo fica grafado na memória de uma forma única. Acho que isso é o que os budistas falam sobre viver e morrer a cada
momento, sem deixar pendências.
Quando
se vive cada momento com total presença, não sobra nenhum vestígio,
nenhum “poderia ter feito”, visto que passa-se a fazer tudo que
era possível naquele momento.
Dessa
forma, cabe-nos tentar viver cada momento como se fosse o último,
vivendo-o e morrendo no mesmo, sem deixar pendências ou vestígios
para depois.
Cada
momento é único e é o último e assim tem que ser vivido.
Se assim
o fizer, sua vida será uma vida plena e suas memórias serão
magníficas.