domingo, 18 de junho de 2017

Pela última vez

Somos seres racionais, mas temos a memória fraca. 

Nos esquecemos rapidamente de grandes lições aprendidas.

Quem já teve contato com a morte, através da perda de algum parente, amigo, animal de estimação ou mesmo através da morte de algum estranho, pôde perceber (ou, pelo menos, lhe foi dada a oportunidade de perceber) que o maior sofrimento passado pelos que ficam é saber que nunca mais poderão reencontrar a pessoa ou animal que se foi.

Esse sofrimento vem porque não fizemos tudo que podíamos e queríamos fazer junto com a pessoa/animal quando havia oportunidade e nunca mais poderemos fazer agora que ela se foi. Não sabíamos que o último encontro seria a última vez.

Quando sabemos que o momento que estamos vivendo será o último, nos dedicamos a ele com tanta plenitude e intensidade, com tanta presença, que o mesmo fica grafado na memória de uma forma única. Acho que isso é o que os budistas falam sobre viver e morrer a cada momento, sem deixar pendências.

Quando se vive cada momento com total presença, não sobra nenhum vestígio, nenhum “poderia ter feito”, visto que passa-se a fazer tudo que era possível naquele momento.

Dessa forma, cabe-nos tentar viver cada momento como se fosse o último, vivendo-o e morrendo no mesmo, sem deixar pendências ou vestígios para depois.

Cada momento é único e é o último e assim tem que ser vivido. 

Se assim o fizer, sua vida será uma vida plena e suas memórias serão magníficas. 
 

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