Eu
tinha muito a fazer
Mas
decidi deixar para depois
Não
que eu quisesse postergar
Mas
é que o agora daquela hora
Tinha
que ser exatamente como foi
Livre,
leve, sem hora para acabar
Calmo,
fluido, como o rio que vai de encontro ao mar
Enquanto
isso, no calor da tarde, você estava
Suada,
melada, um prato cheio para o meu paladar
Sinto-me
renovado, cheio de forças
Depois
de ter morrido nas tuas curvas
E
renascido após o teu ápice
Externalizado
através de um belo e cálido gemido às alturas
Eu
poderia viver assim por toda uma vida
Trabalhar
de manhã
Saborear-te
à tarde
E,
à noite, escrever-te uma bela poesia
Assim,
em minha vida,
Cada
momento tem sido belo
Sem
o tique-taque do relógio
Batendo
como um martelo
Em
meus pensamentos
E
tudo por apenas um motivo
Eu
decidi aproveitar intensamente cada momento
Em
que eu estiver vivo
Sem
deixar nada de bom para outro dia
Sem
adiar nenhuma oportunidade
De
encher o peito de alegria
Ou
a vida de felicidade
Então,
se é para ser hedonista
Sou
com completa aceitação
Admito
sem falsa hipocrisia
Nem
nenhum pouco de enrolação
Assim
o faço pois sei
Que
estar aqui e não viver é algo sem perdão
Por
isso, sigo apenas uma lei:
“Viva
ao máximo e siga a voz do seu coração!”
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