terça-feira, 12 de setembro de 2017

Eu, hedonista

Eu tinha muito a fazer
Mas decidi deixar para depois
Não que eu quisesse postergar
Mas é que o agora daquela hora
Tinha que ser exatamente como foi

Livre, leve, sem hora para acabar
Calmo, fluido, como o rio que vai de encontro ao mar
Enquanto isso, no calor da tarde, você estava
Suada, melada, um prato cheio para o meu paladar

Sinto-me renovado, cheio de forças
Depois de ter morrido nas tuas curvas
E renascido após o teu ápice
Externalizado através de um belo e cálido gemido às alturas

Eu poderia viver assim por toda uma vida
Trabalhar de manhã
Saborear-te à tarde
E, à noite, escrever-te uma bela poesia

Assim, em minha vida,
Cada momento tem sido belo
Sem o tique-taque do relógio
Batendo como um martelo
Em meus pensamentos
E tudo por apenas um motivo
Eu decidi aproveitar intensamente cada momento
Em que eu estiver vivo
Sem deixar nada de bom para outro dia
Sem adiar nenhuma oportunidade
De encher o peito de alegria
Ou a vida de felicidade

Então, se é para ser hedonista
Sou com completa aceitação
Admito sem falsa hipocrisia
Nem nenhum pouco de enrolação
Assim o faço pois sei
Que estar aqui e não viver é algo sem perdão
Por isso, sigo apenas uma lei:
“Viva ao máximo e siga a voz do seu coração!”

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