domingo, 1 de abril de 2018

Whisky

Implacável
Intransponível
Avassalador
Indestrutível

Uma dose de Whisky
Coragem engarrafada
Acúmulo e acúmulo
Por mais de uma rodada

Bebo sem pensar
No que há no futuro
Pois futuro e passado
São completamente diversos do meu mundo

Esto impaciente
Pois queria estar contigo
Enquanto escrevo
Coisas sem sentido

Deixei você ir embora
Sem ao menos dizer nada
Acreditando que não mais importava
Quais seriam as nossas estradas

Graças ao Whisy
Tive coragem de não me importar
Com o que você disse
Como gostaria de estar

Sinto apenas força
E um enorme poder
Que atravessa e destrói
E a tudo pode vencer

Algo magnânimo
Que não sei explicar
Que dominou o ambiente
E que nos fez apenas observar

Uma força brutal
Que atravessou os anos
Que não tem nada de normal
E que te deixou em prantos

Tantos planos
Deixados para trás
Tantos bons momentos
Que não voltam jamais

Tanta vida desperdiçada
Em brigas em vão
Tudo se dissolveu
E se perdeu durante a libertação

Amanhã sofrerei pela dor de sua partida
Por não a encontrar nas esquinas da minha vida
Por todos os domingos nublados sem um raio de Sol
Por toda uma vida sem um nexo ou algo maior

Você foi bem melhor do que eu merecia
Eu menti e omiti por vários dias
Te escondi uma imensidão de segredos
Ao mesmo tempo me tornei seu maior espelho

E durante esse tempo, vivi muitas coisas ruins
Muita raiva enraizada vez ou outra externalizada
Até mesmo por causa de uma simples jaqueta jeans

E o sono ganhou
Dormi, acordei, refleti
Pensei em você 
Liguei o notebook
Volto a escrever

Acredito que nunca aceitei cem por cento
Do que você realmente era
E acabei muitas vezes não vendo
A incrível beleza que há aí dentro

A última conversa
O último olhar
Nenhum beijo
Apenas o meu negligenciar

Fui frio como o vento cortante do inverno
Te despedacei com poucos olhares
Falei muito pouco do que gostaria de dizer
E nem sequer lembro do amargor de te perder

Horas depois, já sóbrio
Ainda não sinto nada
Em relação ao que aconteceu
Somente uma gigantesca força
De quem não tem outra escolha
A não ser seguir em frente
E não olhar para o que perdeu

Talvez esse seja o despertar
De um velho e conhecido outro eu
Aquele contra quem venho lutando
Por anos e anos sem parar
Aquele para quem a última batalha 
O nosso amor sucumbiu e perdeu

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