No
ápice da tua beleza,
Eu
estive presente
No
auge do teu desleixo,
Fiz
o meu deleite
No
calor das tuas coxas,
Montei
meu abrigo
E
de lá só saí
Quando
fui expulso
Nós
desarmados
Nós
entrelaçados
Nós
cegos
Nós
de olhos fechados
Você,
vivendo a vida tão leve,
Tão
livre, tão linda,
Com
tanta harmonia
Eu,
como um leão enjaulado,
Repleto
de energia,
Ansioso
para ver, tocar, sentir,
Sugar
cada gota do tutano da vida
Na
evidente colisão
Entre
mente e coração
Não
há vencedor ou perdedor
Apenas
aprendizados espalhados pelo chão
Meu
espelho quebrado em mil pedaços
Você
refletindo em todos eles
Seu
coração, mais uma vez despedaçado,
Eu,
novamente culpado, como em tantas outras vezes
Erros
foram cometidos
Onde
o silêncio prevaleceu
Sabores
tão bons antes sentidos
Deram
lugar ao amargor da paixão que morreu
Mas
nada nessa vida é em vão
E
por pior que pareça a experiência
Nela
tem escondida pelo menos uma lição
E
às vezes até a chave para novas ótimas vivências
Quero
que saiba que sinto muito
Caso
tenha lhe causado dor
Eu
nunca tive a intenção
De
te fazer sangrar
Você
tem um lugar especial na minha vida
Está
tatuada no meu coração
Sou
muito grato por tudo que aprendi contigo
E
espero que nossos universos continuem a se chocar
E
que cada nó desfeito
Volte
a se entrelaçar
Como
quando nós, desarmados,
Conseguimos
nos entregar
E
que os nós-cegos
Passem
a enxergar
Tudo
o que nós de olhos fechados vimos
No
escuro quando, juntos, passamos a tatear
Saiba
também, meu bem,
Que
o amor persistiu, lutou e venceu
E
a nossa incendiária paixão
Como
uma fênix, mais uma vez renasceu
E
agora voa livre
Despejando
chuvas de chamas
Sobre
nossas peles molhadas de suor
Estendidas
em cima da tua cama
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