Um magnetismo fascinante

Quando meu olhar toca o teu,

Nada mais importa,

O tempo para, congela,

Não há mais nada lá fora;

Eles até tentam,

Mas não conseguem entender

O que acontece comigo

Enquanto olho para você

Um magnetismo fascinante

Que me desconecta do mundo;

Sua áurea enebriante

Me entorpece e me faz esquecer de tudo;

Nada precisa ser dito;

O subentendido nunca esteve tão explícito;

Uma linguagem que não precisa de tradutor para ser compreendida;

Eu, você e a nossa plena partilha;

Do teu olhar incandescente

Que me aquece à alma

À inspiração agora fluente

Que, enquanto distante de ti, me consola e acalma;

Nesse instante, só me resta a saudade do que não tenho;

A falta do que não me é possível;

Teu olhar está bem distante de mim;

Talvez esse seja o meu grande castigo;

Castigo por me entregar ao mistério de uma alma silenciosa

Escondida atrás dos teus olhinhos castanhos;

Castigo por me perder enquanto gravava as lembranças

Que me acompanharão em meus mais belos sonhos...