Quando
você percebe que o medo está por trás de grande parte das suas
escolhas, escolher de forma rápida pode ser uma grande chance para
se arrepender.
Olhar
para dentro é algo simples. Continuar olhando exige coragem.
O
vale das sombras da morte só pode ser visto quando a luz da
consciência é jogada sobre a sua vida.
O
que antes passava desapercebido agora é a causa de muito zumbido.
A
mente, antes, distraída, está agitada e reflexiva.
Como
um espelho trincado, reflete de forma distorcida tudo que à sua
frente passa.
Como
um trem desgovernado, as emoções invadem a cabeça e destroçam os
pensamentos.
O
sono acumulado também faz seu estrago.
As
olheiras denunciam que o seu limite está próximo.
O
peso sobre os ombros também.
A
dor da perda do que ainda se tem só não é pior do que o luto da
morte porque ainda há uma sádica esperança que lhe nutri enquanto
suga-lhe todo o restinho de energia que sobrou.
O
pessimismo surge quando todos os caminhos lhe levam ao mesmo
precipício.
Mas,
no fundo, você sabe que você é o(a) único(a) responsável pelo
seu caminho e que caminhos pré-definidos ou destino são coisas de
mitologia antiga.
A
sua vida apenas a você pertence.
Você
é responsável pela sua miséria e por sua redenção.
Ninguém
além de você mesmo(a) é culpado pelo seu sofrimento, nem é
responsável pela sua felicidade.
Faça
o que tem que ser feito.
Nesse
momento, cerro meus olhos e olho firmemente para o ponto mais obscuro
do meu ser.
Me
entregar não é uma escolha.
Lutarei
até o fim.
Ou
até um bom recomeço.
O
relógio exige que eu parta e parta meu texto pela metade, deixando
no além todo o resto que ainda viria.
Assim,
só resta-me partir para mais uma noite incerta.
A
única certeza que me resta é que algo acontecerá e eu serei o
responsável por isso.
O
meu barco já está no mar e agora irei recolher a minha âncora.
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