O
som que sai do meu coração
Atravessa
enormes distâncias até chegar a você
E
junto com ele vai essa canção
Que
escrevo agora, ao anoitecer
Tudo
que é superficial
Não
resiste ao real
E
cai como a máscara abandonada
Quando
a festa chega ao final
Há
várias formas de beleza
E
elas variam conforme os olhos de seus espectadores
Por
mais que o belo exterior seja contemplável com a visão
A
beleza mais profunda só pode ser sentida com o coração
E
neste momento da minha vida
Meu
coração está aberto ao amor
Às
belezas antes não percebidas
Às
forças que cansei de me opor
Fui
camaleão, fui serpente, fui leão
Também
voei um pouco por aí
Mas
decidi regressar ao ninho que me acolheu
À
vida que me conduz ao apogeu
O
que antes era uma prisão
Passou
a ser um belo museu
Repleto
de histórias antigas
Trechos
e mais trechos desta breve vida
Que
presencio a cada dia
Ao
escolher as lentes que uso
Passo
a dominar o meu mundo
E
todas as feras interiores
Ao
abandonar a complexidade
E
deixar de lado a vaidade
Vivo
finalmente sem grandes temores
Assim,
findas as inúmeras tempestades
Quando
o dilúvio começa a secar
As
terras aos poucos reaparecem
E
novas flores começam a brotar
A
arte ressurgiu
Como
um belo amanhecer
De
tantas formas possíveis
Brindando
este singelo ser
Sentimentos
indomáveis
Passaram
então a ser aceitos
Enquanto
foram aos poucos destruídos
Todos
os ex-planos perfeitos
A
perfeição foi deixada de lado
Neste
novo amanhecer
Quando
vi o amor-fênix ser destronado
E
dar lugar ao melhor sentimento que poderia haver:
A
liberdade de ser feliz mesmo sem se ter tudo que quis
A
liberdade de fazer o que se quer
A
liberdade de querer o que se faz
A
liberdade de escolher viver em paz
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