me arrastam pelo campo
para longe do meu caminho
e sigo sozinho
dentro da minha caverna
lidando com os meus demônios
buscando o próprio amor
ou algo que retire esse dor
um sorriso esquecido
um abraço não dado
que acalente a alma
e libere esse coração apertado
fazendo-o voar pelos céus
para longe daqui
para além do passado
ou do futuro idealizado
para dentro do presente
que nasce e morre a cada momento
onde não há noção de tempo
nem espaço para pensamentos
onde a vida de fato ocorre
onde os olhos não param de brilhar
onde a entrega é eterna
e dura o que tem que durar
onde eu posso soltar a sua mão
sem medo de cair
sem perder o meu chão
nem os motivos para sorrir
onde eu possa ser quem sou
sem causar mal a ninguém
após juntar o que restou
quando me tornei apenas mais um alguém
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