"Tudo que vai, volta"
"O mundo gira: uma hora se está por cima, outra hora se está por baixo"
"Você vai colher exatamente o que plantar"
"Gentileza gera gentileza"...
Quem nunca ouviu nenhuma dessas frases?
Quem nunca vivenciou nenhuma dessas experiências?
Quem nunca ouviu falar de Karma?
Todos sabemos, seja por observância ou vivência, que uma das principais leis da natureza é a Lei do Karma. Todos sabemos que ela realmente funciona.
Segundo esta lei, também conhecida como “justiça celestial”, todo o bem ou mal que fizermos cedo ou tarde nos trará consequências também boas ou más.
Na física, a Lei do Karma é mais conhecida como a 3ª Lei de Newton: "para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário" (ou seja, "tudo que vai, volta").
Como eu disse antes, todos sabemos da existência desta lei do universo...para quem negar isso, basta fazer uma boa ação e observar os reflexos dela - no trânsito, isso é visualizado quase que de forma imediata (experimente: dê a passagem para alguém e observe como mais na frente essa pessoa dará a passagem a outra ou parará numa faixa de pedestre).
A questão é: como vivenciar essa Lei na sua melhor forma?
Como fazer, pensar e desejar sempre o bem?
Como fazer isso em um dia ruim?
Como não desejar o mal a quem nos fez mal?
Como não querer vingança quando somos agredidos?
Como dormir bem, sem ao menos pensar em algo ruim, após presenciarmos uma injustiça?
Nós vivemos em um mundo onde somos constantemente influenciados a sermos orgulhosos, a não aceitarmos opiniões diversas, a não levarmos desaforo para casa...
Os anti-heróis são aclamados em séries, filmes e novelas, onde muitas vezes são os personagens principais. Geralmente, eles ganham admiração por possuírem algumas características genuínas como coragem, atitude, visão de mundo apurada etc, mas também transmitem "valores" que não deveriam ser estimulados, como vaidade, orgulho, insensibilidade, crueldade etc.
Na política, constantemente vemos os mais espertos se dando bem a qualquer preço.
No mundo dos esportes, aquele que vende mais ingressos - não importando o que seja necessário para que ele consiga isso - passa a receber tratamento privilegiado, independentemente de suas qualidades técnicas ou de seu talento.
Na escola, o mais valentão é quem manda. Na rua, também.
No mundo corporativo, os loucos são tratados com normalidade e os normais são tratados com loucura.
E assim é em todos os meios da nossa sociedade ocidental. Há uma inversão de valores, onde o mau é venerado e o bem é deixado de lado.
Agora lhe pergunto novamente:
Como pensar/desejar/fazer somente o bem quando nas nossas veias corre o mal?
Como não gerar Karma negativo vendo/ouvindo tanta desgraça no noticiário?
Uma vez alguém me disse que a solução seria se isolar do mundo.
Realmente seria uma solução. Mas será que não podemos lutar contra isso sem abandonarmos o nosso meio?
Não tenho respostas para nenhuma das perguntas acima. Ainda sou um cara mundano demais para isso. Vivo dividido entre o bem idealizado e o mal mais humano que existe; entre o desejo de elevação espiritual e a vontade de resolver os problemas com violência; entre a aspiração de perdoar e a sede de vingança; entre a ideia de humanidade una, como uma família, e o repúdio a certos seres humanos desprezíveis.
Não há como fechar os olhos para a injustiça, mas também não há como abraçar o ódio gratuito que está espalhado por aí.
É necessário encontrar o equilíbrio.
"É preciso amar como se não houvesse amanhã".
Antes de agir, devemos lembrar:
Tudo que vai, volta...
...cedo ou tarde.
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