Você
foi a cadelinha mais preguiçosa que conheci
E
também a mais companheira
Adorava
dormir sempre que podia
E
vivia a vida bem à sua maneira
Sapateava
de alegria quando me recebia
E
derrapava de vez em quando, perdendo a estribeira
Se
espreguiçava sempre que levantava
Ensinando-me
a respeitar a sua natureza
Adorava comer peito de frango e banana
E tudo mais que eu deixava cair no chão
Amava e odiava o gato gordo
Que um dia aceitou como irmão
De
longe, parecia uma ovelhinha
Com
seus pelos brancos como a neve
Enrolados
como se vários algodãozinhos
Encobrissem
toda a sua pele
De
perto, se mostrava muito mais bela
Até
sorria de vez em quando para mim
Dançava
sem música no seu próprio ritmo
E,
com toda a sua graça, simplesmente era assim
Escrevi
esse texto todo no passado
Pois
hoje você não está mais aqui
Ontem
partiu desse mundo
Sem
ao menos se despedir de mim
Mas
não guardo nenhum rancor
Pois
você continua a brilhar
Nas
minhas lembranças e no meu amor
Bem
viva sempre estará
Como
uma estrela azul no céu escuro
Seus
olhos de peteca sempre me acompanharão
A
cada passo que eu der no futuro
E
cada vez que me deitar no chão
O
mais difícil disso tudo
É
encarar o quarto vazio
Pois,
sem você por aqui,
Tudo
parece muito mais frio
Mas,
apesar de toda a dor que sinto agora,
Saiba
que logo eu ficarei bem
Então
vá! Faça bem a sua jornada
E
que ela seja repleta de luz e de amor
Em
meu peito, somente há gratidão
Por
todos os bons momentos compartilhados comigo
Em
minha mente, um único desejo:
Que
um dia possa voltar a ser tão feliz quanto fui todo esse tempo em
que estive contigo!
Te
amo demais, Bingolina de Jesus.
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