quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Não sei mais de você...e está tudo bem.

Meu amor,
 
Hoje eu entendo porque você me bloqueou em todas as redes sociais tempos atrás…
Ver as tuas mudanças de status no whatsapp, bem como as mensagens que compartilha, me faz pensar em você...
Dirigir também faz isso;
Passar na frente da tua casa todos os dias também;
Muitas músicas fazem o mesmo…
E toda vez que penso em você me vem um mix de sentimentos: saudade (e quanta!!), tristeza (pela falta que você me faz; por não poder te ver mais; por não saber de você; por imaginar o quanto você pode estar sofrendo – ainda mais depois de ter lido a tua carta. Ela foi um divisor de águas no que se refere a esse assunto) e, mais do que tudo, gratidão por tudo que pude viver/aprender contigo.
O meu coração ainda é seu e você continua a permear profundamente o meu Universo.
O fim de semana passado foi o melhor que já tive e todo o tempo ao teu lado foi de uma alegria imensa, mesmo com toda a situação que nos cercava.
Segunda eu estive bem até a parte da tarde. Parece que a minha alegria se foi junto com o Sol. Senti um vazio muito grande em meu peito no anoitecer. Demorei a dormir. Senti muita dor na alma. A tua falta me consumiu. Chorei tanto que acabei dormindo.
Acordei melhor. Me olhei no espelho e decidi que iria ser feliz. E tenho feito isso todos os dias desde então. Todos os dias escolho ser feliz e luto para manter a minha escolha.
Terça foi um dia bom.
Ontem foi incrível. Além de tudo ter sido muito bom no trabalho e no pós-trabalho, eu fui para o Caldeira com o Philipe. E foi muito bom. Parece que as músicas foram escolhidas por mim. Tocou muito Zé Ramalho (me emocionei muito com Chão de Giz), Raul Seixas e Legião.
Nós basicamente fechamos o Caldeira.
De lá o Philipe foi pra casa dele e eu fiz uma coisa que nunca tinha feito antes: fui sozinho pro Porão.
E foi muito legal. Senti uma liberdade muito grande. Não fiquei com ninguém lá, mas conversei bastante e conheci pessoas bem legais.
Fechei o Porão também. De lá, fui ver o nascer do sol na Ponta Negra, deitado na grama. É incrivelmente muito mais belo que o pôr do sol. 
Foi uma experiência inesquecível. Espero que possa viver algo parecido um dia.
Hoje o dia também está sendo bom. Fui na minha psicóloga e acabei de sair de uma consulta via skype com a psicóloga do André lá de São Paulo. Tudo tranquilo.
Sabe, depois de segunda passei a focar ainda mais no presente, no aqui e agora. E estou tentando saborear cada momento.
No que se refere a pensar em você, acredito que finalmente aceitei que eu não sei o que está acontecendo contigo ou como você está. Toda vez que começo a pensar em como você pode estar sofrendo (e consequentemente começo a sofrer muito), lembro que não sei e aceito isso. Penso: “eu não sei como ela está. Não sei onde ela está. Não sei o que está fazendo. Não sei o que está sentindo. Não sei se está sofrendo” e aceito isso.
Aceitar o não saber é uma grande dádiva.
Não temos controle de nada e aceitar isso é deixar o rio fluir.
Nesse momento, o meu rio flui naturalmente, de forma bela, sem represas.
Eu te amo muito e espero que esteja bem e que consiga ser feliz e sorrir bastante. O teu sorriso é uma das maiores maravilhas desse mundo e é um desperdício gigantesco quando ele está ausente.
Mas eu também aceitei que não tenho controle sobre isso.
A aceitação é a chave da paz-de-espírito.
Saiba que eu sou muito grato a você porque foi você quem me ensinou isso.
Eu decidi que vou tentar parar de escrever textos em forma de carta para você. Acho que os últimos 3 ou 4 que escrevi foram assim.
Refleti e descobri que faço isso porque tenho esperança que você esteja lendo. Como estamos sem nos falar, essa é uma forma que uso para suprir essa imensa necessidade que tenho de ter contato contigo.
Mas sinto que tenho que parar com isso.
Então, se tudo der certo, essa vai ser a última “carta pública” para você.
Espero que você não se sinta exposta por eu ter publicado esses textos. Se assim se sentiu, peço perdão desde já.

Te amo muito e desejo toda felicidade desse mundo para você.

Fica bem, Jabuticabinha.

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