Eles
passaram meses e meses reclamando do calor e do Sol.
Clamaram
a Deus por, pelo menos, um dia de trégua.
Índios
urbanos tentaram fazer a “dança da chuva”, mas eles erraram
alguns passos...
E
Deus os ouviu.
-
Se eles não querem mais Sol e calor, eu lhes darei uma folga.
Veio
então a fumaça que encobriu o Sol e amenizou o calor que os
incomodava.
Mas,
como típicos seres humanos, eles não estavam satisfeitos.
Reclamaram mais uma vez e pediram piedade a Deus, pois a fumaça os
sufocava e deixava tudo com cheiro de cigarro.
-
Eu realmente não sei onde foi que eu errei ao criá-los… nunca
estão satisfeitos com nada!
Reclamaram
do calor, eu amenizei a temperatura.
Reclamaram
do Sol, eu escondi a estrela maior.
Agora
reclamam da fumaça...
O
que queriam? Chuva outra vez?
Quando,
no passado, dei chuva, reclamaram que o rio estava ficando muito
cheio.
Quando
sequei o rio, reclamaram que estava ficando muito seco.
Eu
realmente não sei mais o que fazer, eles nunca estão satisfeitos…
Enquanto
isso, mais queixas chegam na sua caixa de mensagens.
-
Meu Deus, livra-nos dessa fumaça maldita!
-
Meu Senhor, traga ventos que expulsem esse mal da nossa cidade!
-
Deus maior, suplico a vós que poupe-nos dessa fumaça que nos
assola!
-
Meu Deus do céu, que fumaça horrível!
-
Ai meu Deus, o que aconteceu com esta cidade?
-
Hoje acordamos em Silent Hill, meu Deus do céu, que fumaça é essa?
(“que diabos é Silent Hill?”, pergunta Deus a si mesmo ao ler
essa mensagem).
Nesse
momento, Ele resolve deixar tudo isso de lado. Desliga o seu notebook
e sai para respirar um pouco de ar fresco (sem fumaça, claro, já
que ela está toda por aqui).
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