Sabe
aqueles dias em que tudo que você queria era estar em um lugar
distante?
Sabe
aqueles dias em que as tuas máscaras estão tão pesadas que você
sente vontade de tirá-las antes de encarar o espelho novamente?
Sabe
aqueles dias em que os teus segredos estão tão acumulados na
garganta que te sufocam enquanto você luta para respirar?
Sabe
aqueles dias em que você gostaria de voltar no tempo e reviver algum
momento puro que ficou para trás?
Sabe
aqueles dias em que você fecha os olhos para não ser visto?
Sabe
aqueles dias em que o pedal do freio está tão duro que você não
consegue diminuir a velocidade dos teus pensamentos?
Sabe
aqueles dias em que a banheira transborda e molha todos os teus
planos?
Sabe
aqueles dias em que nada dá errado, mas, mesmo assim, nada dá
certo?
Sabe
aqueles dias em que você enrola para que ele simplesmente passe
voando?
Sabe
aqueles dias em que o tempo parece parar para observar o acidente da
faixa ao lado?
Sabe
aqueles dias em que o teu coração está apertado sem motivo algum?
Sabe
aqueles dias em que a mesma música toca em três estações
diferentes do rádio?
Sabe
aqueles dias em que um terremoto abala todo o sistema e faz surgir um
tsunami dentro de ti?
Sabe
aqueles dias em que a simplicidade se confunde com o desleixo e o
cuidado com o desamor?
Sabe
aqueles dias em que o eu fala mais alto que o nós?
Sabe
aqueles dias em que você acorda nômade e vai dormir peregrino?
Sabe
aqueles dias em que as tuas palavras só fazem sentido para quem está na
mesma frequência?
Sabe
aqueles dias em que você desaponta quem lhe admira e sofre mais por
saber disso do que por causa de um eventual arrependimento?
Sabe
aqueles dias em que as suas prioridades foram suspensas porque você
já não reconhece a voz que fala no seu ouvido 24 horas do seu dia?
Sabe
aqueles dias em que você cai e se levanta para cair mais uma vez?
Sabe
aqueles dias em que você aprende a viver quando para tudo por alguns
minutos?
Eu
não sei, mas, se soubesse, escreveria um texto sobre isso tudo.
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